NOVOS X-MEN vol. 1: E de Extinção
Argumento de GRANT MORRISON e arte de FRANK QUITELY, ETHAN VAN SCIVER, IGOR KORDEY, e LEINIL FRANCIS YU
Dezasseis milhões de mutantes mortos... e isso foi só o princípio!
O escritor Grant Morrison, uma das lendas dos comics modernos, mudou de maneira definitiva e arrojada a saga imensa dos X-Men com esta série que marcou para sempre a nossa visão dos mutantes da Marvel: Novos X-Men! Começando numa terrível conspiração e na destruição da ilha de Genosha, lar do homo superior, introduzindo mudanças como a substituição dos antigos fatos de licra por elegantes blusões de cabedal, e toda uma nova geração de mutantes muito diferentes, mas bem ancorados num grupo central forte, Novos X-Men é uma das mais imaginativas e épicas sagas de sempre de Grant Morrison.
É difícil exagerar o impacto que esta saga teve nos leitores da altura, e particularmente num período que se seguiu aos eventos traumáticos do 11 de Setembro, e como ela funcionou de maneira “evolutiva” para Morrison, levando-o a criticar os vários projectos utópicos que historicamente marcaram o seu pensamento e a reafirmar a sua convicção de que a solução para uma vida melhor reside nos indivíduos e na maneira como eles se conseguem relacionar de maneira positiva.
Alguns críticos viram em Novos X-Men uma continuação das reflexões que o autor tinha iniciado em The Invisibles, algo que o próprio reconhece. No seu Manifesto (publicado neste volume), Morrison afirma: “Esta história não é bem sobre super-heróis mas sobre um conflito evolucionário que existe entre o que é novo/bom e velho/mau. Os X-Men representam todos os rebeldes adolescentes que querem mudar o mundo e torná-lo melhor. E a humanidade são os adultos que se agarram ao passado e tentam destruir o futuro, apesar de colocarem nele todas as suas esperanças”. Os jovens são idealistas, românticos e rebeldes, desejosos de romper com tudo o que está errado no mundo, e a Revolução, quando chega, é uma ruptura terrível no tecido da história. Essa ruptura é reflectida no capítulo inicial de Novos-Men, que coloca em cena essa raça minoritária dotada de poderes tremendos, e que por causa desses mesmos poderes é temida e odiada pela maioria da população normal do mundo. Até o adjectivo Novos colocado á frente de X-Men implica que tudo o que veio antes é “velho”, e num só momento eles são “transformados de heróis que respondem de maneira passiva ao que os confronta, em agentes de uma revolução social e política, os arquitectos de uma utopia futura” (como diz Darragh Green em Here Comes Tomorrow: The Ethics of Utopianism in Grant Morrison's New X-Men).
São os nove capítulos iniciais desta imensa e popular saga dos mutantes da Marvel que durou 40 números - e que a G. Floy editará em 4 volumes - que os leitores podem agora redescobrir numa edição nova. Originalmente editada pela Devir de maneira incompleta, esta série junta-se a mais duas que editámos e que consideramos como marcos imperdíveis da história dos X-Men (Astonishing X-Men e Uncanny X- Force). Abram portanto o livro, e contemplem a cena inicial... trinta mil anos no passado, um grupo de homo sapiens massacra um grupo de neandertais, sob o olhar da misteriosa Cassandra Nova, uma nova personagem que irá colocar em movimento um enredo terrível...
Reúne os títulos New X-Men #114-121, o Annual 2000 e o célebre Manifesto de Grant Morrison para os X-Men.
Formato Comic Deluxe (19x28), 248 páginas a cores, capa dura.